Enquanto o trem de levitação magnética, fruto de uma pesquisa com tecnologia de ponta, transportava alunos numa viagem experimental na tarde da última terça-feira, outros estudantes esperavam por um ônibus perto do esqueleto de um alojamento em construção. No tapume da obra parada é possível ler reivindicações: bandejão, creche, moradia. As duas realidades têm como endereço a Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, e revelam contrastes de uma instituição que, avaliada como a melhor do país pelo Ranking Universitário Folha (RUF), do jornal “Folha de S. Paulo”, sofre com problemas de infraestrutura, dívidas e recursos em queda.
A UFRJ ultrapassou, pela primeira vez em cinco anos, a Universidade de São Paulo (USP) na lista das melhores instituições de ensino superior do Brasil e obteve o 1º lugar entre as 195 universidades analisadas. A avaliação foi divulgada na semana passada. É bem verdade que, como a USP não participa do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), ficou com zero no indicador do ranking que leva em conta a prova. Se tivesse obtido a mesma nota da UFRJ, estaria à frente da universidade carioca. Mesmo assim, a comunidade acadêmica da Federal do Rio teve motivo para celebrar: